Conto: E as luzes se apagaram

    

Era quase meia noite, todos já estavam dormindo porque afinal no outro dia tinham que levantar cedo para trabalhar, mas como estava sem sono fui ver um pouco de tv. De repente o silêncio da noite foi interrompido por um barulho metálico vindo do quintal, levantei e dei uma olhada pela janela, como não vi nada fechei a cortina e voltei para o sofá. Tudo estava silencioso novamente só que dessa vez as luzes começaram a piscar projetando sombras estranhas por toda a casa até que de uma vez só todas as lâmpadas de apagaram e mais uma vez ouvi o barulho metálico que vinha do quintal. Nesse momento não sabia se continuava sentada na esperança de que a energia voltasse ou se ia tateando até o meu quarto porque não tinha nada para iluminar o meu caminho até lá. 

Resolvi que iria até o meu quarto porque lembrei que o meu celular estava lá. Tateei pela mesa do computador até encontrar. Quando finalmente já estava com ele em mãos ouço outro barulho: "Deve ser o meu vizinho" digo mentalmente para mim mesma, mas quando ilumino uma certa parte do meu quarto vejo algo estranho, um vulto que me faz lembrar uma garota de vestido branco, mas quando olho novamente não está mais lá. Penso que não passa da minha imaginação e vou até o guarda-roupas para pegar o meu pijama. Quando já estou prestes a me deitar, lá está o vulto da menina de branco novamente, só que dessa vez sei que não é coisa da minha imaginação. AQUILO É REAL‼ Mas como? e por quê ela resolveu aparacer para mim? Na hora fico sem reação e não consigo fazer nada a não ser fica imóvel e encarando a figura magra e pálida da garota iluminada pela luz do meu celular. Tento abrir a boca para falar algo, mas a minha garganta está muito seca e não consigo dizer nada que não passe de um grito mudo. Ela vê o que eu estava tentando fazer e diz: "Não tenha medo, eu não vou te machucar". Engulo em seco e consigo emitir as palavras que vinha tentando: "O que você é?" Ela me dá um sorriso -se é que se pode chamar uma boca cheia de dentes afiados de sorriso- e responde: "Eu sou alguém que viveu há muito tempo atrás, voltei para te alertar de algo que está prestes a acontecer" "E o que é?" eu pergunto. E nesse momento eu acordo ofegante a procura da menina de branco sem entender o fundamento desse sonho, se é que foi um sonho porque tudo me pareceu real.

Tive a ideia desse texto/conto depois do apagão que teve aqui no Nordeste, porque sim, eu estava assistindo tv e escutei uns barulhos -feitos pela minha gata-. E não, eu não vi nenhuma garota de branco aushasuh'.

PS: me desculpem pelo título, não consegui pensar em nada melhor... E feliz Halloween (acho estranho as pessoas desejaram um 'feliz' mas tudo bem)

Gostaram?

Beijos,

@MillenaPyro